12º Congresso Internacional da ABRATES de 2023
O mundo mudou. Após dois anos confinados por causa de uma pandemia que ainda não terminou, conhecemos novas formas de aprender e entramos de cabeça no mundo on-line como uma forma concreta de interação. Foram muitos cursos, conferências, reuniões, trabalhos e até mesmo confraternizações em frente à tela do computador.
Agora temos a oportunidade de voltar aos eventos presenciais, e a ABRATES preparou um congresso mais do que especial para este momento de reencontros.
Serão mais de 50 palestras, oficinas e mesas redondas com profissionais da tradução e interpretação de diferentes lugares do Brasil e do mundo.
Não perca a chance de aprender cada vez mais, compartilhar ideias e conhecimentos, e claro, rever amigos e colegas e estabelecer novas parcerias de trabalho.
The world has changed. After two years of home confinement due to a pandemic that hasn’t ended yet, we found new ways of learning and jumped in with both feet in the online world as a concrete form of interaction. We worked and attended courses, conferences, meetings, and even get-togethers in front of the computer screen.
Now comes the opportunity to return to face-to-face events, and ABRATES has prepared a very special congress for this moment of reunion.
There will be more than 50 talks, workshops, and roundtable discussions with translation and interpreting professionals from different parts of Brazil and the world.
Don’t miss the chance to learn, share ideas and knowledge, see friends and colleagues, and establish new work partnerships.
De 30 de junho de 2023 a 2 de julho de 2023.
Amcham Business Center – R. da Paz, 1431 – São Paulo, SP – BR. O site da Amcham tem um mapa com os hotéis mais próximos. Clique aqui para vê-lo.
Entre em contato com congresso@abrates.com.br até 26 de junho, segunda-feira, e solicite informações de compra. A gente se vê no congresso!
Link da Lets (vendas encerradas por lá):
https://lets.events/e/12-congresso-da-abrates/
Veja os valores de cada ingresso por lote abaixo. O lote de early bird é exclusivo para associados à ABRATES. Do primeiro lote em diante, as vendas são tanto para associados quanto para não associados. Atente aos períodos de cada lote.
VALORES:
EARLY BIRD (venda antecipada exclusiva para associados à ABRATES — De 03/03 a 20/03):
Associado Efetivo/Pré-candidato: R$ 1.147,00
Associado Estudante/Sênior: R$ 573,50
Associado Palestrante: R$ 573,50
PRIMEIRO LOTE (De 21/03 a 06/06):
Associado Efetivo/Pré-candidato: R$ 1.598,00
Associado Estudante/Sênior: R$ 799,00
Não Associado: R$ 1.898,00
Não Associado Estudante/Sênior: R$ 949,00
Palestrante: R$ 949,00
SEGUNDO LOTE (De 07/06 a 16/06):
Associado Efetivo/Pré-candidato: R$ 1.798,00
Associado Estudante/Sênior: R$ 899,00
Não Associado: R$ 2.198,00
Não Associado Estudante/Sênior: R$ 1.099,00
Palestrante: R$ 1.099,00
Programação
Observações:
– A programação poderá sofrer alterações sem aviso prévio.
– As informações em roxo se referem a palestras, enquanto as informações em amarelo se referem a mesas-redondas.
Keynotes de abertura
Evolução e seleção natural: darwinismo na profissão
Uma pessoa muda o rumo de sua carreira cinco a sete vezes na vida, de acordo com o Ministério do Trabalho estadunidense. Nos últimos 50 anos, vimos mais mudanças tecnológicas do que nos 500 anteriores. Como ficam os tradutores e intérpretes? Evoluímos ou entramos em extinção?
Anna Vianna é intérprete de conferências e tradutora formada pela PUC-RJ, trabalha no mercado nacional e internacional, sendo parte da equipe de intérpretes freelance do FMI e Banco Mundial. Fundou a Simultânea Ltda em 1998 e se dedica a atender seus clientes, fazendo a ponte entre culturas e línguas.
Membro da Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC), da Associação Profissional de Intérpretes de Conferências (APIC), do Sindicato Nacional dos Tradutores (SINTRA) e da Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes (Abrates).
Desde 2008 é a intérprete oficial da transmissão do Oscar na Rede Globo, tendo recebido diversos elogios na mídia por sua atuação.
Suas línguas de trabalho são o português (nativo), inglês e francês.
O normal, o normativo e a prática da tradução
A atividade linguística das pessoas letradas, o que inclui a tradução, oscila permanentemente entre o normal, o que é de uso comum, e o normativo, o que vem prescrito pela tradição gramatical. Nesse embate entre o normal e o normativo surgem “normas híbridas”, que decorrem das representações que os indivíduos fazem do uso “correto” da língua. Esse hibridismo de normas também produz casos de “hipercorreção”, em que a pessoa, na ânsia de “acertar”, acaba produzindo formas que não pertencem nem ao normal nem ao normativo. Como todos esses fenômenos influenciam a prática da tradução? É o que se tentará responder nesta conferência.
Marcos Bagno, doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo, é professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília. Tradutor, poeta, romancista, autor de obras destinadas a crianças e jovens, recebeu ao longo de sua carreira diversos prêmios literários. Já traduziu mais de 120 livros do inglês, do francês, do espanhol e do italiano.
Seus trabalhos de análise da realidade sociolinguística do Brasil e de descrição do português brasileiro contemporâneo constituem referências nacionais e internacionais nessas áreas. Desenvolveu projetos de pesquisa nas universidades de Bolonha, Santiago de Compostela e Munique.
Ministrou cursos e conferências em diversos países da América Latina e da Europa, bem como em todos os estados brasileiros. Entre as diversas obras que publicou se destacam Preconceito linguístico, que já ultrapassou a marca da 55ª edição desde seu lançamento em 1999, Gramática pedagógica do português brasileiro (2012), Dicionário crítico de sociolinguística (2017), o romance A vida na Grécia (2021) e a recém-lançada Uma história da linguística, em dois volumes.
Keynote de encerramento
Saúde mental, globalização e bem-estar
A saúde mental ganhou destaque em tempos de pandemia da COVID-19, e é hoje um dos principais temas de saúde pública no mundo.
Dados epidemiológicos reunidos pelas Nações Unidas apontam que a depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátrico acometem quase um bilhão de pessoas no mundo, enquanto outros estudos indicam que a situação foi fortemente agravada nos últimos anos pela pandemia, especialmente entre os jovens e a população mais vulnerável.
O objetivo é apresentar aspectos básico da saúde mental no Brasil, o impacto da pandemia na produção científica de modo geral e as correlações com o trabalho dos tradutores e intérpretes especializados na área da saúde.
Malka Alhanat é psicóloga pela Brandeis University (Waltham – EUA, 2003), Pedagoga pela Universidade São Marcos (São Paulo – Brasil, 2007), e Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (São Paulo – Brasil, 2023). Atende em consultório particular e atua como tradutora/intérprete bilíngue, com foco para a tradução médica em saúde mental. De orientação psicanalítica, e especialista em saúde mental do adolescente, Malka atua como voluntária e pesquisadora no Programa do Adolescente da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e no Laboratório APOIAR, pertencente ao departamento de Psicologia Clínica da USP-SP. Pesquisadora ativa nos seguintes temas: adolescência e identidade, infração e violência doméstica.
Palestras
A globalização tem vindo a mudar, dia após dia, e ano após ano o mundo da Tradução profissional. A necessidade de adquirir mais informações sobre novas tecnologias, clientes, empresas de tradução, gestão de projetos e redes sociais está a tornar-se cada vez mais exigente e competitiva.
Os recém-licenciados e mestres em tradução não sabem para onde ir, o que fazer ou até quem contactar para iniciarem as suas carreiras no mundo profissional. Sabemos que existem inúmeros webinars, livros, blogs, páginas web e até páginas do Facebook que indicam o que fazer, o que não fazer, preços a praticar e a não praticar, o melhor CV e etc., no entanto, estes meios tão aclamados fornecem conselhos “reais” aos tradutores?
Tradutores que trabalham diariamente com clientes, que entendem as suas exigências, pedidos e questões? De acordo com as tendências atuais, a resposta é um rotundo NÃO. A maioria dos conselhos são apenas teóricos e muito longe do mundo real e exigente da tradução profissional.
Assim, o Mentoring está a tornar-se uma ferramenta cada vez mais importante para ajudar e orientar novos tradutores a começarem uma carreira profícua. Um programa de Mentoring bem orientado e eficiente é uma forma poderosa para orientar estes tradutores sobre como criarem um CV adequado, para onde enviarem os seus CV, como abordarem clientes, como responderem a e-mails e como negociar preços de forma eficiente e justa.
O Mentoring é uma ferramenta pedagógica crucial que pode ser utilizada quando utilizada de forma adequada por tradutores profissionais e experientes. As sessões de aconselhamento e orientação são uma “arma” para destruir as barreiras criadas por opiniões, por influências e até pelas próprias universidades.
O Mentoring é o futuro caminho a ser percorrido por novos tradutores.
O campo de atuação do linguista tem se expandido e modificado de maneira dinâmica na última década e essa mudança tende a acelerar nos próximos anos.
Para nos mantermos relevantes e atualizados com as necessidades do mercado, devemos explorar as possibilidades que se apresentam, como é o caso do serviço de pós-edição do resultado da tradução automática.
Além de buscarmos o repertório teórico sobre esse serviço, os recursos a serem utilizados, o escopo e resultado da pós-edição, é preciso discutir as formas como o linguista – seja tradutor, revisor ou aspirante – pode se preparar para adentrar nesse mundo: aporte teórico, prático, qualificações formais e experiência adquirida.
Ao longo da apresentação iremos caminhar por esses requisitos do ponto de vista da demanda crescente, das normas internacionais e, de forma prática, sobre como se capacitar para entregar um serviço de pós-edição com a qualidade necessária e em conformidade com as boas práticas de mercado.
Ao final dessa apresentação o profissional saberá como e onde buscar a qualificação formal, quais são as habilidades técnicas e comportamentais para ser um bom pós-editor e o que versa a norma sobre a atuação nesse aspecto.
O portal Capiremov.org é uma ferramenta de comunicação feminista idealizada pela Marcha Mundial das Mulheres e produzida a partir da luta de movimentos sociais em diversas partes do mundo.
Semanalmente, o site publica conteúdos em texto, vídeo e material gráfico em ao menos quatro línguas – português, espanhol, francês e inglês.
Para garantir a periodicidade e simultaneidade dessas publicações, a equipe de tradutoras vem construindo um processo articulado e coletivo, enfrentando as complexidades de se traduzir vozes de territórios muito diversos com propostas que busquem respeitar as experiências locais e dialogar no nível internacional.
Por ser reduzida, a equipe também trabalha com a necessidade intrínseca da tradução indireta, o que vem proporcionando reflexões e estratégias práticas em triangulação.
Três tradutoras do Capire – Aline Scátola (inglês-português), Andréia Manfrin (francês-português) e Luiza Mançano (espanhol-português) – apresentarão a experiência desse projeto a partir das dinâmicas da tradução, em que nossas compreensões técnicas e as formulações políticas dos movimentos se mantêm em constante diálogo.
Serão apresentados exemplos práticos de termos que desencadearam discussões e reflexões, episódios emblemáticos e desafios que continuam despertando grandes perguntas.
Quem trabalha ou pretende trabalhar com clientes “de fora” costuma enfrentar o dilema da busca pela maneira mais fácil, rápida e econômica de receber pagamentos do exterior.
As possibilidades são muitas, mas qual delas realmente vale a pena? Nestes 50 minutos, vamos abordar em detalhes as formas de recebimento mais comuns disponíveis no mercado (bancos tradicionais, corretoras, contas no exterior, Paypal, Wise, Remessa Online e Payoneer) tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, analisando dados burocráticos, custos e possíveis dores de cabeça, até chegar a um comparativo claro e objetivo que visa facilitar essa tomada de decisão tão importante para nossa saúde mental e financeira.
O mundo globalizado e conectado da atualidade nos permite trabalhar de qualquer lugar para qualquer lugar, e o recebimento de pagamentos do exterior não precisa — nem deve — ser motivo de preocupação.
O objetivo desta sessão é reunir, em um só lugar, as informações mais relevantes sobre o tema para que possamos fazer a escolha mais acertada sem “perder” nosso precioso tempo garimpando dados e opiniões por conta própria.
Como se preparam e trabalham as profissionais que há três anos interpretam num canal exclusivo de notícias da TV. Eleições, guerras, lançamentos espaciais, furacões, protestos, cúpulas globais, eventos religiosos, brigas políticas, mudanças na realeza e o que vier – como traduzir o mundo e engajar o público sem perder a calma. Ou a voz.
O automático do dia a dia leva muita gente a pensar que só mentes geniais são criativas. Será que isso é verdade?
Esta apresentação discutirá esse e outros mitos, abordando também conceitos de criatividade, formas de turbinar seu potencial criativo e algumas técnicas de geração de ideias que você pode fazer no aconchego da sua própria companhia quando bater aquele branco durante a tradução. Em um momento de popularização de ferramentas de IA, esta conversa é fundamental.
Todo mundo é bem-vindo, tanto profissionais iniciantes quanto quem já tem algum tempo de estrada, não importa a área de atuação ou idioma.
Tradutores jurídicos que traduzem do e/ou para o inglês se beneficiam muito ao aprender uma visão geral do sistema de direito da common law. Nesta palestra, Bruna Marchi abordará os princípios e conceitos da Constituição dos Estados Unidos, a lei suprema do país. Ela dará uma visão geral dos direitos e liberdades garantidos aos cidadãos pela Constituição. A palestra discutirá um caso histórico da Suprema Corte, que moldou os Estados Unidos. Bruna também focará na Bill of Rights.
O trabalho do tradutor audiovisual especializado em legendagem ou dublagem é promover a acessibilidade de uma obra originalmente em língua estrangeira. Mas de que maneira essa ponte linguística pode ser feita? Existe uma forma melhor, mais fácil ou mais agradável para o espectador?
O trabalho do tradutor é um ofício eminentemente solitário. No fim, a maior parte do tempo somos só nós e o texto e algumas xícaras de café, não tem jeito!
Mas e todas as outras etapas do trabalho, como fazer para que não sejam assim tão solitárias? Hoje em dia poucos profissionais da área atuam sem uma rede de contato e de apoio. Temos os congressos, seminários, barcamps e outros momentos para encontrar os colegas, trocar ideias e reforçar essa network tão fundamental para o tradutor.
Mas e todo o trabalho do tradutor que vai além da tradução? Quais são as vantagens de se trabalhar em grupo? Vale a pena abrir uma empresa com um ou mais sócios? Como encontrar profissionais com os quais se possa estabelecer uma parceria?
Nesta apresentação faremos um relato sobre as mudanças na carreira a partir da abertura de uma empresa e a importância do trabalho colaborativo. Vamos conversar também sobre as vantagens e desvantagens de trabalhar como pessoa jurídica e como é possível organizar uma rotina de trabalho de equipe.
É muito comum se pensar na tradução editorial, especialmente a literária (ficção), como uma área completamente distinta, às vezes até oposta, da chamada tradução técnica. Mas será que é mesmo? Nesta palestra veremos que existem muitas similaridades entre a tradução editorial e outras áreas, como localização de jogos e até as áreas médica e jurídica.
O uso de sistemas de tradução automática (MT) em ambientes de memória de tradução (CAT Tools) é uma modalidade de trabalho muito habitual no mercado de tradução especializada atual. Esse foi o tema da minha dissertação de mestrado em Estudos da Linguagem/Letras pela PUC-Rio, cuja metodologia e resultados pretendo apresentar nesta palestra. A pesquisa foi baseada na realização de um estudo experimental envolvendo quatro tradutores profissionais especializados.
O objetivo foi verificar a existência de diferenças entre o uso de tradução automática com pós-edição no nível de segmento, mais tradicional, e o uso de tradução automática como sugestão no nível de subsegmento. As traduções foram analisadas utilizando recursos de linguística computacional e as diversas traduções de um dos textos foram submetidas à avaliação de leitores para determinar as preferências.
É um dia daqueles: o cliente mandou um arquivo errado, a CAT está dando pau, a “tia Dead” gritando, o pagamento daquele job ainda não caiu, e a vontade é jogar tudo pro alto. Parece impossível manter o foco, e até o corpo resolve “reclamar”, com pontadas no estômago, ou uma dor de cabeça irritante. Só eu já passei por isso?
E se eu te disser que existe uma prática simples e poderosa que pode te ajudar a lidar com essa situação?
O Mindfulness, longe de ser algo apenas para pessoas “zen”, é uma prática que potencializa as habilidades mentais e emocionais, e é uma poderosa aliada de profissionais de alto rendimento, como nós, tradutores e intérpretes.
Imagine poder lidar com o estresse de prazos apertados sem perder o foco, ou ser capaz de manter a calma em situações de pressão.
É isso que o Mindfulness pode fazer por você. Baseada no budismo, essa prática foi adaptada para a realidade ocidental pelo médico americano Jon Kabat-Zinn em 1979. Desde então, estudos científicos comprovaram a eficácia do Mindfulness na melhora da saúde mental, na redução do estresse e na promoção do bem-estar emocional.
Nunca meditou antes? Tudo bem! Com exercícios simples e pequenas mudanças de perspectiva, veremos que “fazer menos” nos ajuda a fazer mais – e com mais qualidade de trabalho e de vida.
Nessa sessão de 50 minutos, você vai descobrir que:
Você é capaz de meditar, SIM
É possível lidar melhor com os desafios de um dia de trabalho caótico
por meio de:
práticas formais e informais
material de apoio (digital)
e vai sentir o gostinho de ter:
Mais foco e tranquilidade no trabalho
Mais leveza no dia a dia pessoal e profissional
Que tal? Um mundo mais acelerado não necessariamente precisa tirar você do eixo!
Em tempos de ChatGPT, OpenAI, tradução automática e agências que prestam serviços cada vez mais impessoais, como fica a relação de ser humano para ser humano? O que vai realmente nos diferenciar de um robô? Nesta comunicação, pretendo apresentar 4 cases em que atuei como tradutora pública e intérprete comercial em que demonstrar empatia, cordialidade e genuíno interesse pela situação (muitas vezes bem delicada) fez toda a diferença.
Também pretendo mostrar a tradutores iniciantes e aos estudantes de tradução que as máquinas não vão nos substituir sendo apenas ferramentas que nos auxiliam nas tarefas mecânicas. Por isso, falarei da importância das soft skills na nossa profissão, talvez hoje mais do que nunca.
A proposta é conversar sobre a galinha dos ovos de ouro da tradução editorial: a naturalidade. Por que é interessante deixar o texto natural? Como evitar armadilhas? De que formas estamos contaminados? Examinaremos exemplos e discutiremos que soluções podem ser mais interessantes para textos de ficção e de não ficção.
Nesta palestra, você aprenderá um pouco sobre o trabalho de um tradutor dos serviços de inteligência dos EUA por meio da apresentação de casos reais e de como a proficiência em língua entrangeira foi vital para solucionar alguns deles.
O AmeriVox surgiu em julho de 2020 pela inquietação de seis intérpretes que viviam em diferentes locais das Américas para ajudar colegas, independentemente de sua experiência, a manter a prática em dia durante o período de maior distanciamento social da pandemia de COVID-19.
Diante de eventos cancelados e uma agenda subitamente mais livre, arregaçaram as mangas para dar início ao que seria o primeiro grupo de prática deliberada de interpretação das Américas que abrange todos os idiomas da região: espanhol, francês, inglês e português.
A maior parte da equipe idealizadora – duas das quais (Daniele Fonseca e Patrícia Loreto) segue no grupo até hoje – já tinha tido contato com o conceito de prática deliberada baseada em feedback para aprimoramento das habilidades de interpretação.
Aliando essa inspiração dos grupos de prática já existentes em outros países com a popularização das plataformas digitais para reuniões virtuais acelerada pela pandemia, o cenário tornou-se ainda mais propício para o início das atividades do AmeriVox, em agosto de 2020. Colocando em ação o antigo lema de que ‘a prática leva à perfeição’, o AmeriVox segue em seu terceiro ano apresentando temas relevantes, desafios e técnicas em um ambiente divertido e de apoio.
Além disso, demonstra quanto essa profissão está intimamente ligada à educação continuada e melhoria constante, ressaltando também a importância do coleguismo.
Em nossa palestra no Congresso da ABRATES 2023, vamos abordar a importância da prática deliberada, contar como as sessões do AmeriVox são realizadas e destacar os benefícios de trocar algumas horas de descanso de um sábado por mês para participar de um grupo de prática internacional e totalmente composto por voluntários. É muito amor à interpretação!
Em meio ao êxodo migratório e ao garimpo na região da tríplice fronteira entre Venezuela, Guiana e Brasil, tradutores juramentados de Roraima se deparam com um fluxo intenso de traduções e com as consequentes descobertas sobre povos, culturas e convenções linguísticas diferentes.
Nesse contexto, os serviços tendem a ser cada dia mais urgentes e definidores dos próximos passos na vida profissional e pessoal dos clientes, o que requer sensibilidade e aprimoramento das atividades por parte dos profissionais da tradução. Com o intuito de mostrar um panorama da situação, abordaremos questões práticas da tradução convencional e da tradução juramentada, principalmente no que diz respeito ao papel social dos tradutores.
Com esta apresentação, buscamos, além de mostrar um pouco do papel desenvolvido pelo tradutor juramentado no estado de Roraima, compartilhar informações da realidade de um cenário de pouca visibilidade no nível nacional, promovendo o diálogo e esperando receber muitas perguntas do público ao final.
Na apresentação abordaremos o processo de legendagem para criativos e produção de acessibilidade em séries e filmes para streaming. Iniciaremos essa jornada na etapa de pós-produção, em que várias iterações do material são legendadas em inglês e espanhol para aprovação da plataforma e portanto essas legendas precisam ser adaptadas para diferentes cortes e versões de vídeo. Passaremos então pela chegada do material final (ou master) que servirá de base para a acessibilidade (LSE e audiodescrição), explicando em detalhes todas as etapas para a confecção do material acessível.
Finalmente, chegaremos no processo de QC para aprovação dos arquivos entregues, quando o material em questão está pronto para ser exibido na plataforma. Examinaremos esse processo como um todo, algumas ferramentas usadas e como a equipe interna e externa é organizada de forma completamente remota, além de falarmos sobre prazos, as medidas de segurança exigidas pela plataforma para que possamos realizar o trabalho e a comunicação com a produtora durante o projeto.
Veremos algumas das contribuições que a linguística de corpus pode trazer à prática da tradução, principalmente no que diz respeito à compilação de corpora, à extração de termos e à pesquisa em corpora. Para isso, visitaremos os recursos de alguns programas e recursos disponíveis na internet e veremos como o uso de corpora paralelos bilíngues e multilíngues disponíveis on-line podem nos ajudar a resolver problemas de tradução e a melhorar a qualidade das nossas traduções.
Uma palestra com várias ideias, dicas e estratégias para facilitar o trabalho de prospecção de clientes e o estabelecimento de bons contatos para tradutores que, devido à introversão ou timidez, têm dificuldade ou simplesmente não gostam do processo de buscar novos clientes. Vamos discutir também maneiras de superar a timidez, como abordar clientes em potencial, como fazer uma prospecção inteligente usando as ferramentas disponíveis e como os tradutores mais introvertidos podem usar essa característica pessoal a seu favor para conquistar novas oportunidades.
Outros tópicos abordados: as diferenças entre introversão e timidez; a prospecção de clientes como parte da rotina de trabalho; a criação de uma boa rede de contatos; a postura do tradutor ao abordar um novo possível cliente; estratégias para melhorar a sua comunicação, sua presença online e exploração de mais nichos onde os profissionais da tradução podem atuar.
As áreas de atuação que o trabalho do tradutor pode abranger são inúmeras, sendo impossível para um ser humano lembrar com rapidez as palavras e o jargão próprio de uma área do conhecimento. A palavra “glossário” vem do latim “glossarium” e consiste em um catálogo de palavras de uma mesma disciplina, de um mesmo campo de estudo, de uma mesma obra, definidas ou comentadas. Sua elaboração exige tempo e cuidado, dado que é preciso achar o equivalente exato em outra língua, o que muitas vezes não é fácil É preciso mergulhar nessa área de conhecimento, fazer uma exaustiva pesquisa e, só depois disso, poderá existir certeza sobre a exatidão e a pertinência do conceito equivalente em outra língua.
As palestrantes farão um percurso pelo processo de elaboração do Glossário Jurídico que escreveram, o qual foi lançado em 2022 de forma simultânea no Brasil e na Argentina. Na apresentação, elas compartilharão os principais momentos de decisões, escolhas, entraves, avanços e retrocessos que experimentaram, caracterizando, assim, um processo padrão validado, apto para ser aplicado a qualquer área do conhecimento.
Em novembro de 1953, logo após a Segunda Guerra Mundial, era fundada a Associação Internacional de Intérpretes de Conferência, a AIIC. Seu surgimento ocorreu na mesma época em que grandes instituições multilaterais se firmavam e eventos multilíngues tornavam-se mais frequentes. Pouco antes, os Julgamentos de Nuremberg seriam o marco da criação de uma nova modalidade de interpretação, que ficou conhecida como simultânea, até hoje a modalidade mais usada em eventos internacionais.
Hoje com mais de três mil membros, presença em 106 países e um repertório de 84 línguas orais e sinalizadas, como foi criada a associação? Quem foram seus pioneiros? Nesta apresentação, o histórico da maior associação internacional de intérpretes é revisitado, tecendo um paralelo com o desenvolvimento da profissão de intérprete de conferência e refletindo sobre sua atualidade e relevância num mundo que é, certamente, muito diferente de quando ela surgiu.
A maioria dos profissionais da área entende o que é localização, mas talvez a enxergue mais como um tipo de tarefa do que uma possibilidade de carreira. Minha proposta é apresentar a localização de conteúdo como duas possibilidades: um caminho interessante para quem pensa em uma carreira corporativa e uma modalidade atrativa para quem busca prestar serviços para a área.
A audiodescrição está cada vez mais em evidência em produções audiovisuais, principalmente em streaming. E as empresas que fornecem esse serviço online de vídeos se preocupam com a qualidade de seus conteúdos, para que eles se tornem acessíveis ao público-alvo que depende da audiodescrição para interagir com filmes, séries, desenhos ou com qualquer outro vídeo em exibição por essas plataformas.
O papel do QCer de audiodescrição para o audiovisual é desafiador e exige do profissional habilidades e conhecimentos que são aplicados durante a revisão de cada roteiro, antes da consultoria. Você sabe quais são esses desafios? Como é o trabalho desse profissional? Quais as principais diretrizes que ele deve seguir? Estas e outras dúvidas serão respondidas por meio de exemplos práticos e interativos no decorrer desta palestra.
O objetivo central da comunicação é apresentar a área da interpretação comunitária, que, apesar de bastante praticada no Brasil, é desconhecida de um público mais amplo e ainda pouco pesquisada nos meios acadêmicos. A interpretação comunitária abrange a interpretação em serviços públicos, a interpretação judicial, médica, educacional, religiosa e em contextos policiais, carcerários e de refúgio, envolvendo migrantes e surdos. É uma atividade enraizada na justiça social e na defesa dos direitos linguísticos como direitos humanos, permitindo que os indivíduos possam se expressar em sua própria língua na busca por serviços e na defesa de seus direitos, com a intermediação de intérpretes comunitários.
No Brasil, ainda não é uma profissão regulamentada, mas o Projeto de Lei (no. 5182/2020) tramita atualmente no Congresso com a finalidade de instituir como política pública a obrigatoriedade de alocação de tradutores e de intérpretes comunitários em todas as instituições públicas federais, estaduais e municipais. Diante da possibilidade da promulgação de tal lei, faz-se urgente pensar na formação ideal para esse profissional a partir dos desafios enfrentados atualmente e das exigências da norma ISO 13611/2014 (Community Interpreting). A apresentação visa também apresentar resumidamente o projeto de criação de um curso de especialização lato sensu interinstitucional para formação de intérpretes comunitários, envolvendo universidades e professores/pesquisadores de todo o Brasil.
A interpretação midiática cresce no Brasil e no mundo. Em 2012, a AIIC declarou que a interpretação midiática era um campo promissor para a profissão. A expansão das novas tecnologias impulsionou a interpretação em diferentes veículos de comunicação, a atuação de intérpretes para dar voz às celebridades ou para narrar os acontecimentos mundiais se faz cada dia mais presente.
A palestra “Da TV para a cabine: como as técnicas de interpretação de mídia podem elevar o nível da sua interpretação” apresentará os diferentes cenários de eventos com interpretação na mídia, as diferenças da interpretação de conferência e as habilidades a serem desenvolvidas para uma atuação de sucesso. Os aprendizados obtidos com eventos midiáticos podem ser aplicados em diversos cenários em que o foco principal é se conectar com os ouvintes. Conheça algumas técnicas utilizadas por profissionais da área e como estar preparado(a) quando a oportunidade chegar.
Para traduzir bem, é importante conhecer a língua-fonte (a do original), mas é mais importante ainda conhecer a língua-alvo (a da tradução). A língua portuguesa é traiçoeira e cheia de sutilezas que podem levar a erros. Esta palestra pretende facilitar a escolha de termos mais naturais, além de ajudar na redação de textos mais fluidos, que não pareçam ter sido copiados palavra por palavra do idioma original do texto. Os exemplos são reais, acumulados ao longo dos anos de tradução e revisão de livros. Esta palestra já foi apresentada em outros eventos, mas o conteúdo foi renovado.
Um grupo de amigos se reúne num futuro distópico, que já chegou, para falar sobre um assunto que sempre se desconversa. O bate-papo não é sobre mercado da tradução, técnicas tradutórias, CAT tools, prospecção de clientes, maneiras de cobrar por trabalhos ou de receber pagamento, ganhos e muito menos sobre experiências profissionais. Então, o que sobra?
Com base na experiência do BRCamp, um evento de tradutores que não fala sobre tradução, e no recente histórico de pandemia, em que tivemos de lidar com vários tipos de perdas, crises familiares e instabilidade profissional e financeira, além da polarização política que afetou o Brasil e o mundo, convidamos os participantes para compartilhar experiências relacionadas à pessoa que fica atrás da tela do computador, suas expectativas e receios sobre o que passou e o que está por vir.
O problema de cedermos nossa privacidade e anonimato online em troca de serviços gratuitos vai além dos acordos de privacidade com clientes e da incômoda sensação de que nossos celulares escutam o que falamos e até nossos pensamentos. Realmente, até poucos anos, eram poucos os serviços, pagos ou gratuitos, que davam prioridade à privacidade do usuário. A maioria, até hoje, nos trata como produto: Quem pagar saberá quais são os medos e desejos de cada fatia de usuários daquele serviço. Felizmente nos últimos dez anos temos visto aumentar a oferta de serviços, inclusive gratuitos, e iniciativas cujo modelo de negócios se apoia intensamente no respeito à privacidade dos usuários.
O objetivo dessa palestra é ajudar a entender como nós, pessoas, somos tão intensamente vigiadas e mostrar como é fácil, apenas com ferramentas gratuitas, deixar para trás a sensação de que nossos celulares lêm nossos pensamentos.
Pergunta complicada… resposta complexa. A tecnologia é ou não uma aliada dos tradutores? Somente tradutores técnicos beneficiam-se dos avanços tecnológicos? A tecnologia é inerente ao nosso cotidiano. A cada dia somos surpreendidos com uma novidade tecnológica sendo lançada. Há pouco tempo sequer podíamos imaginar tamanha evolução, salvo em filmes e desenhos animados.
No entanto, precisamos acompanhar a transformação digital na qual o mundo está vivendo e tirarmos proveito dela em prol da profissão. À medida em que a tecnologia se desenvolve, ferramentas e métodos novos são criados e, ao invés de substituir o tradutor, podem ser usados para otimizar o seu trabalho.
Há possibilidades em todas as áreas da tradução, não só na técnica, que seria o mais comum, também na editorial e no audiovisual.
Acompanhar o mercado é importante para entender os benefícios que a evolução tecnológica pode trazer para nossa realidade. GitHub: programação e tradução juntas. ChatGPT: invadindo nossa vida. App Universo: dá para concorrer com Kindle? Metaverso, IA, IoT… até onde tudo isso nos afeta? Voicero?! Que bicho é esse? Deep Learning: computador também aprende? Como assim? Legendagem com reconhecimento de voz funciona? Como a IA pode ajudar na tradução literária?
Atualização, curiosidade e disposição são segredos para abusarmos da tecnologia e mergulharmos no mundo da tradução porque, sim, nós podemos fazê-las trabalhar a nosso favor.
Trabalhar com uma combinação rara de idiomas não é nada fácil. Alguns desafios comumente mencionados por esses profissionais são não só a falta de uma demanda constante, mas também menos oportunidades de formação e desenvolvimento contínuo. No entanto, há algumas coisas que podemos fazer para melhorar nossa atuação e aumentar nossa receita ao trabalharmos com idiomas raros, e essa é uma das reflexões que traremos nesta sessão. Além disso, também discutiremos o outro lado dessa dinâmica, explorando dicas de como conseguir bons resultados e experiências ao contratar profissionais de combinações raras.
Às vezes nos deparamos com clientes completamente perdidos que querem tradução editorial. Seja um autor independente ou uma editora, isso acontece e nos vemos na posição de educar o mercado. Mas como fazer isso? Quais informações podemos prover para ajudá-los? Como trabalhar com autores independentes? É isso que pretendo discutir nesa conversa.
La presentación tiene por objetivo contextualizar la terminología jurídica específica, en el par de idiomas PTBR/ESP, utilizada en el ámbito de la legislación de protección de datos. Ello, específicamente, con el análisis de los dispositivos legales más relevantes sobre la materia en la actualidad: RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados – Unión Europea) y LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados – Brasil). De esta forma, se trazará un panorama sobre sendas legislaciones con sus semejanzas y diferencias, para luego realizar una comparación sobre los términos más recurrentes y que se pueden prestar a confusión en portugués y español.
Para esto, tomaremos el RGPD, que por ser legislación de la UE se presenta en inglés (GDPR, por su sigla), portugués y español -así como en las demás lenguas de los países miembros- y la legislación brasileña mencionada. De esta suerte, a modo de ejemplo, ya con el título del dispositivo se observa que el “original” sería Regulation, en portugués y español, respectivamente: Regulamento y Reglamento. Por su parte, la legislación brasileña, por su origen y siendo de derecho interno, se trata de una ley del Congreso. De este modo se comparará la principal terminología entre ambas lenguas, a partir de términos específicos de la redacción en inglés, de portugués (ptPT), español y portugués de Brasil.
Nos últimos anos, espectadores de todas as partes têm recebido ofertas infindáveis de plataformas de streaming, que prometem filmes e séries cada vez mais impactantes e instigantes. Os roteiros e as produções, tantos independentes quanto de mega estúdios, vêm de diversas países diferentes, e, para serem consumidos por outros públicos, precisam passar por tradução, seja para legendagem, dublagem ou audiodescrição.
Daí surge a importância de que as equipes de tradução audiovisual estudem roteiro e dramaturgia, para levar para a tradução toda a rica complexidade que cada projeto tem no seu vocabulário, dado que as personagens, diante de conflitos narrativos, passam por mudanças em sua psiquê, e, portanto, em sua forma de comunicação – como é possível notar em diversos exemplos de filmes, séries e documentários.
As equipes de roteiro se esmeram em apresentação de projeto, pitching, versões do texto e ensaios de atores. Os elencos se esmeram em estudar arco dramático, estrutura da narrativa, desenvolvimento das personagens e ensaios constantes antes da filmagem.
As equipes de montagem se preocupam com a costura narrativa dos conflitos, com as sequências se conectarem com a trilha musical, com os melhores takes de cada pessoa do elenco. E o produto audiovisual, quando finalmente chega à fase de distribuição, pode sofrer uma imensa perda de trabalho artístico de centenas de pessoas, se a tradução ficar aquém dos cuidados de roteiro, filmagem e montagem. É bem provável que a tradução tenha que ser entregue em menos tempo do que o próprio roteiro teve que ser elaborado.
Mas, para agilizar e potencializar as traduções audiovisuais, é importante estudar a estrutura narrativa por trás das obras. Como cineasta, radialista e tradutora, defendo que a tradução audiovisual seja vista como parte, também, do ensino audiovisual, e não somente como estudo nos cursos de letras e tradução.
Increasingly interpreters are being required to work into their B and even in some cases their C language. This presentation illustrates the challenges that Liam Gallagher had to face when he suddenly found that his services were in high demand for events involving English to Portuguese. In this presentation he deals with both the light-hearted and the serious side of embarking on what has been a very enjoyable journey.
Do século I a.C. ao século V d.C., os romanos expandiram seus domínios pelo continente europeu, propagando sua língua e sua cultura por diversos territórios, principalmente pela Europa. Muito influentes, as raízes socioculturais por eles criadas resistiram ao tempo, mesmo após a queda do império. Esta influência não se limitou, porém, ao continente europeu, mas alcançou também as Américas. O exemplo mais claro desse percurso é evidenciado pelos sistemas jurídicos da Common Law e da Civil Law adotados nos Estados Unidos e no Brasil, respectivamente. Devido às suas origens, além dos princípios romanos, os dois sistemas jurídicos carregam em si palavras e expressões da língua latina em sua terminologia.
No dia a dia de um tradutor jurídico, termos como “data vênia”, “corpus delicti”, “affectio societatis”, “in natura” e “inaudita altera parte” são comuns.
No entanto, quando utilizados em diferentes contextos, seus sentidos podem mudar completamente, o que pode ser uma grande armadilha para tradutores inexperientes.
Com o intuito de contribuir com os interessados no tema, esta sessão trará luz a essas questões, valendo-se de exemplos práticos, como também elucidará os meandros por trás de cada termo e expressão latina.
A partir da análise desses exemplos, os ouvintes, então, serão munidos dos meios necessários para identificar os “óbices latinos” na tradução.
Eles passarão a conhecer as fontes especializadas e os meios tecnológicos necessários para encontrar as melhores soluções tradutórias para os termos e expressões em latim, diminuindo as chances de cometerem erros capazes de causarem grandes problemas jurídico-interpretativos.
Nesta aula dinâmica e interativa, os participantes serão expostos a cinco dicas, com o uso de exercícios práticos, que são muito úteis para aprimorarmos do nosso desempenho na interpretação simultânea. Marcelle Castro tem duas décadas na profissão e, há 15 anos, leciona formando novos intérpretes. As dicas que serão apresentadas já passaram pelo teste do tempo e continuam sendo usadas por muitos profissionais.
It is now common knowledge that translation holds a valuable position as a burgeoning interdisciplinary activity within literature and society (Basnett and Hawkes, 2013).
The ability to communicate effectively across cultures is therefore essential for translators who work in an increasingly globalized world. Translators need to have a deep understanding of cultural norms, values, and beliefs to ensure that the message they are conveying is accurately and appropriately translated. This can only be ensured by developing their intercultural competence, a key skill to achieving effective communication, preventing misunderstandings and conflicts, promoting cross-cultural understanding, and enhancing communication.
This presentation will explore the importance of developing intercultural competence in translators and examine strategies for promoting global-mindedness implemented in the subject Language and Culture, designed for a Brazilian undergraduate program in translation and interpreting. The presentation will first define intercultural competence and discuss its significance in the translation profession. It will then present the challenges faced by translators in developing intercultural competence, such as language barriers, cultural differences, and the lack of training opportunities.
The presentation will showcase strategies adopted during the classes to promote intercultural competence and to facilitate cross-cultural communication and collaboration among translators.
Finally, the presentation will emphasize the need for ongoing research and evaluation of intercultural competence programs and their effectiveness in promoting global-mindedness.
By bringing these initial results to the conference, it will offer recommendations for future research and highlight areas that require further investigation.
In sum, this presentation aims to contribute to the growing body of knowledge on intercultural competence in the translation profession and to provide practical strategies for promoting global-mindedness among translators. It will be of interest to translation professionals, language educators, researchers, and anyone interested in promoting cross-cultural understanding in the global community.
Gostaria de compartilhar com meus colegas tradutores meu processo de tradução do livro autobiográfico “I shall not hate” – de Izzeldin Abuelaish, médico palestino, no qual ele conta sua experiência ao perder a mulher para o câncer e, 32 dias depois, três filhas e uma sobrinha em um bombardeio à sua casa na Faixa de Gaza.
Recebi a proposta de trabalho – e aceitei – um dia antes da morte inesperada da minha única irmã. Não quis voltar atrás, pois era a única editora para a qual eu trabalhava, e segui com a tradução e com o prazo previamente estipulado.
O objetivo deste bate-papo é seguir com a proposição de que não somos máquinas. Como tradutores, dependemos plenamente de nossos sistemas cognitivos. O trauma gerado pelo luto da perda de um ente tão próximo é comparado ao do retorno de uma guerra.
O trabalho deu certo? Me ajudou ou atrapalhou durante meu processo de luto? Essas respostas só no próximo Congresso da ABRATES.
O julgamento dos crimes da Segunda Guerra Mundial realizado em Nuremberg, na Alemanha, em 1945 foi determinante para a consolidação da profissão de intérprete de conferência, pois foi a consagração da tecnologia e da dinâmica profissional que começaram a tomar forma duas décadas antes.
Agora, a pandemia de Covid-19 se tornou o acontecimento mais cataclísmico para a profissão de intérprete desde o Julgamento de Nuremberg. Apesar de não termos o mesmo tempo de distanciamento de 2020 que temos em relação a 1945, é possível traçar paralelos entre os dois momentos.
Esta palestra é uma tentativa de entender os possíveis caminhos futuros da interpretação de conferência à luz dos acontecimentos recentes, em que a pandemia funcionou como um catalisador da interpretação remota. Os participantes terão oportunidade de contribuir com suas reflexões, e ao final o palestrante irá compartilhar recursos de interesse sobre o tema.
Quem está começando na tradução e tem vontade de trabalhar com livros muitas vezes acaba se deparando com desencorajamento baseado em alguns mitos sobre a área. Mas será que é verdade que, na tradução editorial, você vai ganhar tão pouco que não dá para viver disso (e, afinal, quais são os valores aceitáveis e praticados)? E o mercado não dá mesmo chance para quem está começando? De repente, você ouviu falar que está saturado, tem profissionais demais e é melhor ir procurar outro nicho.
Mas, bom, pelo menos, se decidir se arriscar no editorial mesmo, não vai precisar de especialização nenhuma, porque é mais fácil traduzir literatura — e além do mais, com certeza te mandarão livros do seu gênero favorito!
Nessa palestra, vamos conversar sobre tudo isso, entender qual a verdade por trás de cada mito e ainda contar com espaço para tirar dúvidas e desmistificar mais ainda esse trabalho tão prazeroso e importante que é a tradução editorial.
A sessão será especialmente voltada aos iniciantes na tradução, mas também muito proveitosa para todos os tradutores que estão considerando expandir suas áreas de atuação.
Nesta palestra, bordaremos a influência da inteligência artificial (IA) na tradução. Discutiremos as diferenças entre IA e Inteligência Artificial Geral (IAG), bem como o funcionamento de IAs avançadas, como o GPT3 e o ChatGPT, suas limitações e a possibilidade de combinar várias IAs para resolver problemas complexos.
Também falaremos sobre o estado atual das ferramentas de tradução baseadas em IA, seus parâmetros e as possibilidades para o futuro. Abordaremos as questões éticas e legais relacionadas às ferramentas de tradução baseadas em IA, incluindo direitos autorais e a preservação do fator humano. Esta palestra apresentará informações importantes para os tradutores compreenderem como as IAs afetam o setor e como eles podem utilizar essas tecnologias em seus trabalhos.
A Tradução à Prima Vista (TrPV) é uma atividade tradutório-interpretativa de natureza híbrida, pois apoia-se na matriz da linguagem escrita como ponto de partida e na linguagem oral como ponto de chegada. Outra característica importante da TrPV é que ela é considerada como uma modalidade tradutória simultânea, visto sua execução ser marcada pelo imediatismo, poucos recursos e a realização ser em tempo real.
A TrPV requer um esforço cognitivo significativo do intérprete, incluindo compreensão, seleção de informações, análise semântica, uso de memória e tomada de decisão. A TrPV vista é importante na formação de um intérprete por vários motivos: desenvolvimento de habilidades de tradução rápida: a prática da tradução à primeira vista ajuda a desenvolver habilidades para traduzir rapidamente, o que é uma habilidade importante para um intérprete.
Aperfeiçoamento de habilidades de compreensão: fazer traduções à primeira vista ajuda a melhorar a compreensão do intérprete sobre o conteúdo do texto original. Treinamento de memória: ao traduzir sem consultar fontes de referência, o intérprete é obrigado a usar sua memória para lembrar de palavras e frases importantes, o que pode ajudar a melhorar sua capacidade de memória a longo prazo.
Desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico: ao traduzir à primeira vista, o intérprete precisa tomar decisões rápidas sobre a melhor maneira de traduzir frases e expressões idiomáticas, o que pode ajudar a desenvolver suas habilidades de pensamento crítico.
Além dessas habilidades, o intérprete utilizará a TrPV ao longo da sua carreira em diversas modalidades de interpretação como: interpretação comunitária, interpretação forense, discursos, negociações comerciais e reuniões diplomáticas.
Discussões a respeito do gênero não binário vêm ganhando força ao longo dos últimos anos, ainda mais no âmbito sociolinguístico. Afinal, quando nos deparamos com uma pessoa que não se identifica estritamente com os gêneros masculino ou feminino, como passamos essa noção para a língua? Ao redor do mundo, diversos pronomes foram e continuam sendo criados na tentativa de resolver a questão, mas ainda não há uma resposta certa. E se não é definitivo, como fazemos na hora de traduzir esses pronomes? Quais as opções existes e quando usar cada uma delas? Pensando nisso, o intuito desta palestra é apresentar o gênero não binário — o que é, como se usa na língua, quais as alternativas na hora de traduzir e quando lançar mão delas — com base em exemplos tirados de traduções publicadas por editoras tradicionais.
Muitas vezes, principalmente para tradutores freelancer, é preciso estar se reinventando, conhecendo novos mercados e aprendendo diferentes áreas de atuação, seja para tradutores ou intérpretes. Os principais recursos de acessibilidade comunicacional (língua de sinais, audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos) podem se mostrar campos de atuação promissores, rentáveis e gratificantes. Conheça quais são as principais áreas de atuação, clientes e projetos em que você poderá atuar como um agente positivo para ampliar a acessibilidade comunicacional.
Nesta apresentação, pretendemos compartilhar os desafios enfrentados e as oportunidades que se abriram com a transição do curso de Formação de Intérpretes da PUC-Rio de presencial para remoto durante a pandemia, e assim contribuir para os relatos acadêmicos já existentes sobre os efeitos da pandemia no ensino e aprendizado da interpretação de conferência. Começaremos apresentando as principais características do curso original da PUC-Rio, que é pioneiro em formação de intérpretes no país, um dos únicos em nível de pós-graduação na América Latina e o único incluído no Diretório de Cursos de Interpretação da AIIC (Associação Internacional de Intérpretes de Conferência). Em seguida, descreveremos os passos tomados para adaptar o curso ao desafio do ensino on-line remoto durante a pandemia e, finalmente, faremos uma reflexão sobre a adaptação do programa ao formato de ensino e aprendizagem on-line. Entendemos que, embora a pandemia tenha representado um grande desafio ao nosso modo convencional de ensino e aprendizagem, o curso foi capaz de superar as dificuldades iniciais. Além disso, a transição para um modo de ensino totalmente remoto levou a oportunidades inéditas no que diz respeito, por exemplo, ao recrutamento de novos candidatos em todo o país. Entendemos que a adoção pela PUC-Rio de um modo de ensino e aprendizagem totalmente remoto a partir de 2020 abre novas perspectivas para a formação em interpretação de conferência no cenário pós-pandêmico no Brasil.
O objetivo desta palestra será abordar a localização brasileira de MicroWorks, um jogo lançado para PC em 2022. Jean Trindade Pereira foi o responsável pela sua tradução PT-BR, e falará sobre os aspectos e desafios desse trabalho, dando várias dicas pra quem tem interesse em aprender mais sobre a localização de “party games” (jogos recreativos). Concisão, cultura, tom e gênero neutro foram os principais focos dessa tradução. Bora lá?
Todo mundo tem experiências valiosas, conhecimentos úteis ou mesmo histórias interessantes para compartilhar. Veja aqui algumas dicas sobre como elaborar e apresentar uma palestra impactante e inesquecível. Lembre-se: você nunca terá uma segunda chance de causar uma primeira impressão!
A influência da língua dominante – no caso do Brasil, o inglês – que permeia toda a cultura brasileira e modifica a língua portuguesa aqui falada atualmente se faz notar através de vários elementos, seja na incorporação de termos e expressões da própria língua mãe (a que os criou) em seu formato original, seja na transformação ou tradução literal desses termos e expressões. Não podemos deixar de considerar a influência que a língua inglesa vem exercendo no mundo inteiro, seja nos ambientes científicos, seja nos ambientes corporativos… Ops! Até bem pouco tempo atrás, eram ambientes empresariais! De onde veio esse termo? Vamos tentar nos aprofundar um pouco mais nesse assunto?
Palestrantes
e participantes
das mesas-redondas
Mesas-redondas confirmadas
até o momento
O Programa de Mentoria da ABRATES vem ensinando o caminho das pedras para tradutores e intérpretes iniciantes desde 2016. Convidamos os participantes do Congresso a assistirem à nossa Mesa-Redonda, que será composta pelas Coordenadoras do Programa Carolina Ventura, Gisley Ferreira e Mariana Sasso, pelo idealizador do Programa, William Cassemiro, por uma das fundadoras e antiga Coordenadora, Caroline Alberoni, e pela ex-mentorada Milena Mota. Contaremos como o Programa começou, como ele funciona, e Milena falará sobre sua experiência como mentorada. Venha saber tudo sobre o Programa de Mentoria da ABRATES!
Esta mesa reunirá cinco especialistas em tradução e adaptação para dublagem para o setor de entretenimento com o intuito de discutir os desafios e atuais que eles enfrentam em sua carreira. Os debatedores enfocarão aspectos práticos da profissão, buscando propor soluções criativas para problemas do dia a dia. Também falarão dos aspectos positivos e das demandas do mercado de tradução para dublagem.
Nesta mesa-redonda discutiremos alguns dos aspectos éticos da profissão. Além de uma visão geral sobre ética, que será apresentada na abertura da mesa, discutiremos os aspectos éticos envolvidos ao lidar com colegas, clientes e com nossa comunidade profissional. Serão apresentados os pontos de vista de formadores, de clientes e alguns casos emblemáticos para que os participantes possam pensar sobre a importância da atuação ética.
Esta mesa pretende discorrer sobre as mudanças do mercado de legendagem, desde os tempos áureos da TV, até o surgimento dos serviços de streaming, além de abordar questões pertinentes aos processos de pré e pós-produção no cenário atual. Contará com a participação de profissionais renomados que atuam em ambientes diversos da tradução audiovisual.
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